terça-feira, agosto 15, 2023

o canto...

 


o canto apagado



no encanto de mais um dia, fechasse o domingo
    

a criançada já não corre no relvado,
    

são horas de recolher.
    

os barulhos do dia calam-se.
  

nem se escuta o ladrar de um cão.


    

o mar lá longe amoleceu e estendesse na areia,
   

embriagado, o vento sopra sem força,
  

apoio o rosto nas mãos.
   

e fico apática ao que me rodeia,
   

o olhar, fica preso a um passado


  

o frio avança, a noite que aproxima-se,
  

o corpo, é como um degrau na geometria
  

pernoito na memória que me abraça.
   

o coração é memória de saudades,
   

as palavras são voz nas ausências.


   

apagasse o canto, oculto o arrepio,
  

sem ti , a noite não tem valor


   

a cidade fica noutra ponta,
  

afasto o olhar, das certezas que me tocam


atravesso o silêncio num gemido de sonhos afastados…


   

  helena maltez. 

1 comentário:

Graça Pires disse...

Ausências. Sonhos magoados. Memórias que só o coração guarda.
Tudo de bom.
Um beijo.

rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...